Mais de 30 pessoas foram presas durante a operação "Conexão Sul de Minas", deflagrada nesta quinta-feira (26) pela Polícia Federal, que mirou duas organizações criminosas com forte atuação em Alfenas (MG) e Poços de Caldas, além de outras cidades da região e do interior de São Paulo. Os grupos são suspeitos de movimentar ao menos R$ 50 milhões por meio de crimes.
Segundo a PF, foram cumpridos 18 mandados de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, além de 80 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Alfenas. Pelo menos quatro pessoas foram presas em flagrante.
Durante a operação, também foram apreendidos e sequestrados bens de alto valor, incluindo carros de luxo, imóveis, embarcações e valores em contas bancárias, todos utilizados para ocultação de patrimônio. Entre as apreensões estão 120 veículos, R$ 200 mil em dinheiro, seis armas de fogo, além de porções de cocaína e maconha.
Segundo a polícia, muitas das transações dos criminosos eram feitas por meio de compra e venda de veículos usados.
Os mandados de busca e apreensão foram distribuídos em diversas cidades do Sul de Minas Gerais e interior do estado de São Paulo: 15 mandados em Alfenas (MG), 3 em Andradas (MG), 5 em Campestre (MG), 4 em Mogi Guaçu (SP), 47 em Poços de Caldas (MG), 4 em Ribeirão Preto (SP) e 2 em São João da Boa Vista (SP).
Além das apreensões e prisões, a Polícia Federal também coletou material genético de quatro investigados, suspeitos de envolvimento em ataques a bancos. O DNA será analisado e inserido no banco nacional de perfis do Ministério da Justiça, visando a identificação em outros crimes.
Além de prender os suspeitos, a PF também mira o estrangulamento financeiro das atividades criminosas, com o objetivo de desarticular toda a estrutura de sustentação desses grupos.
Investigação
A investigação teve duração de 1 ano e contou com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal. As apurações revelaram um esquema criminoso altamente estruturado, responsável por crimes como tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, extorsão, receptação, roubo a bancos, furto qualificado e adulteração de veículos.
Segundo a PF, as investigações apontaram a movimentação de pelo menos R$ 50 milhões em ativos ilícitos. Os valores eram dissimulados especialmente por meio de transações de compra e venda de automóveis usados.
Diversas prisões em flagrante ocorreram durante o período investigativo:
Em Alfenas (MG), foram apreendidos 67 tabletes de maconha, além de crack, cocaína e cinco veículos.
Em Três Pontas (MG), a apreensão também incluiu grande quantidade de drogas.
Em Campestre (MG), houve apreensão de uma pistola 9mm, carregadores e diversas munições sem registro.
Em Ribeirão Preto (SP), foram apreendidos dois veículos com identificadores adulterados.
Já em Altinópolis (SP), um laboratório de processamento de drogas foi desmantelado na zona rural, com a apreensão de prensas, moldes, marcadores e produtos químicos utilizados no preparo de cocaína para comercialização.
Ao todo, 250 policiais federais e 80 policiais militares de Minas Gerais foram empenhados na operação. Os presos e os materiais apreendidos foram levados para a sede da Polícia Federal, em Varginha. Os presos deverão ser levados para presídios da região.
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