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Samu pode entrar em colapso por falta de repasse adequado do governo federal, alerta consórcio

Segundo Cissul valores são insuficientes, o que pode comprometer compra de insumos e equipamentos para os atendimentos.

Samu pode entrar em colapso por falta de repasse adequado do governo federal, alerta consórcio
Danilo Avanci/Sesa - Reprodução g1 Sul de Minas
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O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macro Região do Sul de Minas (Cissul) que administra o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em 154 municípios do Sul e Sudeste de Minas Gerais diz que o serviço corre risco de entrar em colapso por falta de atualização dos valores do repasse feito pelo governo federal.

Segundo o médico intervencionista Frederico Felix Ali, a falta de recursos pode afetar a compra de insumos como remédios, equipamentos e até combustível.

“A falta de equipamentos que são giratórios, que são equipamentos de uso único, como por exemplo, tubos endotraqueais, catéteres, acesso de punção e medicações interfere muito, porque se falta, mesmo eu estando ali apto a usar, tendo uma equipe altamente treinada e eu não tenho material disponível, como que eu vou usar?”, afirmou.

O Ministério da Saúde é responsável por 50% dos repasses feito ao Samu. O restante é financiado pelo estado e municípios que arcam com 25% cada um.

De acordo com Cissul e outros consórcios de Minas Gerais, o repasse do governo federal não tem chegado ao percentual estabelecido, atingindo por volta de 27%.

“O nosso índice de IGPM, que é a inflação, ele vem acompanhando o país, todo mundo sabe. E a União deveria estar contribuindo com o valor. Quando isso [falta de atualização dos valores] ocorre , nós não conseguimos arcar com os contratos, com os aumentos de salário que a gente precisa, valorizar os os colaboradores. E a gente tá vendo que em curto prazo, é, pode dar uma situação em que a gente vai conseguir arcar também com com os contratos e isso pode gerar um colapso no estado inteiro”, afirmou o secretário do Cissul, Felipe Batista.

Os consórcios encaminharam um ofício à bancada federal mineira alertando sobre a situação e a necessidade urgente de soluções para garantir a continuidade do serviço. Também já foram feitas reuniões com o Ministério da Saúde e com o governo de Minas Gerais.

“O Governo Federal tem avançado na pauta do Samu e, em 2 anos, foram 50 viaturas novas, foi uma renovação muito grande de frota sem precedentes aqui. Mas, infelizmente, isso não é o suficiente. A gente precisa também que se avance em caráter de urgência nessa questão do reajuste dos repasses”, disse Batista.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio de nota, disse que os repasses realizados pelo Governo de Minas aos Consórcios Intermunicipais de Saúde que gerenciam o Samu seguem regulares, conforme as normativas vigentes. No caso do Cissul, o custo total mensal do serviço é de R$ 5.561.173,34, sendo 57,1% desse valor financiado pelo Governo de Minas.

FONTE/CRÉDITOS: g1 Sul de Minas
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