A Polícia Militar prendeu na tarde da sexta-feira (1º), uma das socias diretora da escola particular de Ouro Fino (MG) onde uma criança de 1 ano e 4 meses teria sido agredida por uma professora. O colégio, que estava lacrado, foi reaberto parcialmente. A professora suspeita das agressões já tinha sido presa na semana passada.
Segundo a polícia, a diretora foi presa após mandado de prisão preventiva ser expedido pelo juiz da Infância e Juventude da Comarca pelo crime de tortura ocorridos na Escola Abnara.
Ainda durante o cumprimento da ordem judicial, oficiais de juiz realizaram a reabertura parcial do colégio. Ainda conforme a polícia, a diretora foi encaminhada ao pronto-socorro e depois à delegacia da Polícia Civil.
Mais cedo, na sexta-feira, a escola havia publicado nas redes sociais que se preparava para o retorno das aulas na próxima segunda-feira.
A defesa do Colégio Abnara informou que irá se manifestar somente no processo. A defesa da diretora, que também é a mesma da escola, disse para a EPTV, afiliada Globo, que está colaborando com as autoridades, tanto na fase do inquérito da Polícia Civil como no processo judicial.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou em nota que o caso segue em segredo de Justiça.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Waldir Jorge Pelarico Junior, a mulher de 39 anos foi presa preventivamente e o colégio lacrado judicialmente.
Em seguida, a professora foi encaminhada para o presídio em Santa Rita do Sapucaí. Ainda conforme o delegado, durante a semana foram ouvidos outros funcionários da escola.
No dia da prisão, a direção do Colégio Abnara havia dito que iria recorrer da decisão para que as atividades dos mais de 300 alunos da instituição pudessem ser retomadas.
A Polícia Civil investiga também outras denúncias de mães contra a funcionária de uma escola.
A mãe da criança que prefere não se identificar conta que o filho de apenas um ano e quatro meses teria sido agredido pela própria professora.
"Ele tava lá na escola desde o começo do ano, então jamais imaginava que tava sofrendo maus-tratos. Tanto que agora que a gente descobriu tudo. E era uma professora, que era querida por todos, desde os bebês até os maiores, então jamais a gente imaginava que ela poderia fazer alguma coisa assim", disse a mãe.
A criança estava matriculada na escola particular do bairro Palomos, em Ouro Fino. Ela e outras sete mães tiveram conhecimento por meio de uma funcionária da escola, que relatou a situação nas redes sociais. Indignadas, elas denunciaram a professora e a escola à Polícia Civil, que abriu um inquérito para investigar o caso.
No boletim de ocorrência, as mães relatam diversas agressões que foram narradas pela funcionária, que chegou inclusive a gravar um áudio de uma conversa da professora investigada com uma outra colega falando das agressões à criança de um ano e quatro meses.
No BO, a mãe diz ainda que a escola tem câmeras de segurança, mas que conseguiu ver apenas uma das gravações, porque ela só poderia ver em um celular do proprietário da escola.
Em nota, a polícia civil informou que coletou as imagens do sistema de monitoramento e que estão sendo usadas para auxiliar nas investigações. A escola divulgou um vídeo nas redes sociais dizendo que a instituição afastou as funcionárias envolvidas no caso.
Comentários: