A Prefeitura de Monte Sião, no Sul de Minas Gerais, identificou um rombo de aproximadamente R$ 5,5 milhões nas contas públicas após um ataque cibernético ocorrido na última segunda-feira (29).
Em nota enviada à Itatiaia, o município explicou que a situação veio à tona após um contato feito pela Caixa Econômica Federal. A instituição teria identificado diversas transações suspeitas em contas da prefeitura que, somadas, atingiriam o valor citado.
Segundo a administração municipal, as movimentações bancárias afetaram diferentes contas e setores, atingindo, em uma primeira análise, especialmente as áreas de Cultura e Saúde.
O município afirmou também que já solicitou o bloqueio de todas as contas, a substituição dos HDs e a adoção de outras ferramentas de segurança. “A PF será a responsável pelas investigações, auxiliando o município na tentativa de reaver os recursos desviados e identificar os responsáveis pelo crime”, disse a prefeitura em comunicado enviado à Itatiaia.
Ataques em outros municípios
Pelo menos outras cinco cidades mineiras também enfrentam problemas relacionados a crimes cibernéticos.
No dia 11 de setembro, os prefeitos de Carmópolis de Minas, Serro, Ribeirão Vermelho, Presidente Juscelino e Luz se reuniram em Brasília, acompanhados do presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Luís Eduardo Falcão (sem partido), com a diretoria da Caixa Econômica Federal, para dar início a uma negociação extrajudicial visando à recuperação de R$ 5,8 milhões perdidos após ataques hackers.
Até então, a AMM havia informado que os crimes tiveram como alvo municípios de menor porte, que dependem das transferências do governo federal e dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para manter as contas em dia.
Confira os valores desviados em cada prefeitura:
Serro (Centro-Nordeste mineiro): R$ 1,3 milhão
Luz (Centro-Oeste): R$ 1,4 milhão
Ribeirão Vermelho (Campo das Vertentes): R$ 630 mil
Presidente Juscelino (Nordeste de Minas): R$ 441 mil
Carmópolis de Minas (Oeste do estado): R$ 2 milhões
O Portal de Notícias Tonogiro, recebeu uma nota a imprensa na tarde desta quinta-feira a respeito de suas ações com relação ao caso.
NOTA:
A CAIXA está prestando atendimento à prefeitura de Monte Sião (MG) e adotando as providências necessárias. O banco destaca que, em caso de movimentação não reconhecida pelo cliente, é possível realizar pedido de contestação em uma das agências. O processo é analisado por equipe especializada e as informações relativas aos casos são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes para análise e investigação. O resultado também é informado ao titular da conta. Caso seja constatada a fraude, o valor será ressarcido.
O banco monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos de fraudes. A CAIXA possui estratégia, políticas e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes e dispõe de tecnologias e equipes especializadas para garantir segurança aos seus processos e canais de atendimento.
Como parte da atuação na prevenção dessas ocorrências, a CAIXA realiza constantemente ações de orientação e esclarecimentos a seus clientes por meio de seus canais de atendimento, site e redes sociais. Especificamente para o Poder Público, foi desenvolvida cartilha com dicas de segurança, distribuída aos clientes e disponível em: https://www.caixa.gov.br/Downloads/seguranca/Cartilha-seguranca-prefeitura.pdf.
Detalhamentos de transações estão disponíveis aos titulares nos aplicativos de acesso a conta e nas agências. O banco ressalta que não pede que o cliente digite ou informe senhas, não envia SMS com link e só envia e-mails se o cliente autorizar.
Recomendamos que o cliente esteja atento a qualquer atividade e situação não usual, e principalmente não clicar em links recebidos por SMS, WhatsApp ou redes sociais para acesso a contas e valores a receber. Em caso de ligação em que a pessoa se identifique como empregado CAIXA, o banco recomenda que o cliente desligue o telefone, procure o seu gerente na agência ou ligue para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) no 0800 726 0101.
O banco aperfeiçoa, continuamente, os critérios de segurança de acesso aos seus aplicativos e movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas. Mais informações de segurança na página: www.caixa.gov.br/seguranca.
Atenciosamente,
Assessoria de Imprensa da CAIXA